Como é sua relação com a comida?
Você é daquelas pessoas que come por que está triste? Come por que está feliz? Come por que come? Come sem perceber? Está sempre mastigando? Sente culpa em comer? Não liga para comida? Come somente para sobreviver? Come com moderação? Me conte como você se relaciona com a comida!
Poucas pessoas tem uma relação tranquila com o “comer”. A nossa sociedade vive um paradoxo – muita oferta de alimentos, o programa predileto de vários de nós é sair para jantar fora, nossa cultura é em torno da mesa. O comer afetivo não deve ser desprezado. Não somos máquinas onde coloca-se combustível e pronto. E por outro lado, vivemos a cultura do corpo perfeito. Quanto “custa” ter este corpo? Você tem vontade de se dedicar a isto? Alguns vão responder que sim. Outros querem o corpo, mas não estão dispostos a se alimentar para obtê-lo. Outros vão usar drogas para conseguir algo que a natureza não pode oferecer. Alguns vão querer cada vez mais e se esquecer que somos diferentes. Cada um com suas escolhas.
Eu vivi uma relação tensa com a comida por vários anos, amo comer, como sim de alegria, de tristeza porque é festa, por vários motivos além de me nutrir. Ainda estou me libertando de alguns dogmas. Realmente gosto de comer a tal comida de verdade. Amo chocolate. Amo suco verde. Não curto sanduíches no geral, sou louca por arroz, especialmente risoto e sushi. Minhas escolhas que me fazem feliz e leve são as que não agridem meu corpo. Nem comida demais, nem de menos. Sem sacrifícios, sem abrir mão do que me agrada. Sem categorizar a comida em vilã ou mocinha. Confiar nos sinais de fome e saciedade. Evitar comer no auge das emoções. E nesta busca, é preciso intuir. Sim a tal alimentação intuitiva, comer intuitivamente, mindful eating. Respirar antes de se alimentar, focar na comida, não comer por comer. Um exercício diário para todos nós que vivemos no automático. E funciona que é uma beleza.
E aquele bolo da sua mãe de domingo, o pão especial que você adora, cabem sim na sua vida. O importante é o equilíbrio. Sem neuras, com consciência e prazer.