Portas da Ilusao
Abrem-se as portas
da ilusão,
e o mago que traja negro,
convida-me a sentar a mesa,
para ouvir uma canção.
Fala de amor,
como eu jamais vivi,
fala de dor,
como eu jamais senti.
E descreve uma mulher,
que dança a beira
de uma imensa fogueira…
Ela tem cabelos castanhos claros,
assim como os olhos,
de um brilho e luz raros,
e gestos firmes,
como que envoltos em paixão…
E uma luz eclode
em meio a multidão,
vejo que é meu rosto a cantar aquela canção,
vejo que é meu corpo a viver aquela ilusão.
Teu rosto também enfeita essa visão,
mal posso vê-lo,
mas posso querê-lo,
em meio ao calor incendiário,
que queima meus sonhos
e derrete minhas barreiras,
revelando emoções
tão verdadeiras,
como o amor em nossos corações.
E faço força para enxergar-te,
mas não consigo,
perco-te em meio a multidão,
que bate palmas e canta a nossa canção.
E as brumas da noite levam meu sonho,
e trazem o gelo,
da mesa em que estou com o mago de negro.
E as plumas do meu travesseiro,
me despertam como espinhos,
para contar-me que o mago existe,
que o céu está repleto de estrelas,
que se correr posso vê-las
que se quiser posso trazê-las,
para nossa história.
E sonho que esse sonho,
de fogueiras e estrelas,
é o cenário de uma fantasia,
de uma imensa alegria,
que chegou de um modo veloz,
que entrou dentro de nosso momento,
para nos avisar,
não corram, não fujam,
de nada vai adiantar
vocês vão se apaixonar…