Alimentando o corpo e o coração – Brigadeiro ou Trufa de Biomassa de Banana Verde
Vivemos num mundo rapido, instantâneo onde um dos maiores prazeres se tornou “comer fora”. Nos encontramos em restaurantes para rever amigos, falar de negócios, discutir relações. Adoro um bom restaurante, passear, me arrumar, sair de casa. Mas a cada dia saio menos. São os filhos pequenos, as contas que superam a de compras de produtos frescos e saudáveis para uma semana, e claro o fato de eu amar cozinhar. E estudando gastronomia, descobri a energia pesada que rola em algumas cozinhas, para sair perfeita a massa do Sr. Fulano, tem alguém muitas vezes falando grosso do lado de dentro… Adoro os restaurantes de cozinha aberta e alegre, intuitivamente encontraram uma forma de mostrar que ali naquele local se trabalha com carinho.
Comecei um curso muito interessante que enfatiza a importância da comida feita em casa. De como incentivar as pessoas a descobrir o prazer de comprar um ingrediente e com ele fazer uma das mais antigas alquimias que é um bom prato de comida. E de cozinhar como forma de terapia, uma das mais prazerosas que existem.
Quem não tem uma lembrança de infância de uma comida que a avó fazia, a mãe, a tia. Eu me lembro muito bem dos bolinhos de chuva que minha avó Josephina preparava, eram gordinhos e crocantes. E das comidas da minha mãe? Nossa tantas, tão gostosas, a sopa de ervilha, o pastel de camarão, o pavê inglês, o molho de macarrão, a sopa chinesa com agrião e macarrão “transparente” quando eu chegava mais de meia noite do banco. Me lembro de cena simples, como eu e meu pai comendo massa e tomando vinho na cozinha do nosso apartamento no Itaim. Era um dia comum e me lembro de ter dito ao meu pai, como era bom repartir aquela refeição com ele. E tenho imenso carinho pelas comidinhas que as meninas aqui de casa fazem. O risoto leve que Dega fez assim que saí da maternidade com o Marcelinho, a sopa de mandioquinha da Letinha, melhor sopa que já tomei.
Nunca vou me esquecer do dia em que fui a escola para uma apresentação do Marcelinho de dia das mães, era um jogo onde a professora tirava uma faixa de papel escrita com um frase que o filho tinha dito sobre a mãe e tínhamos que advinhar quem tinha escrito. Ele devia ter uns 4, 5 anos, olha a frase dele
Pulei na hora sabendo que era ele!!! Olha a memória doce que ele vai ter. E eu então, de ver aquele menino pequeno em pé na cadeira comigo junto, aprendendo a cozinhar.
Quero ajudar a resgatar esta simplicidade da refeição preparada em casa. Com carinho. Para que os filhos, amigos, namorados e namoradas, maridos e mulheres sempre se lembrem do tempero que só quem gosta muito de alguém sabe colocar – o Amor. Não existe melhor tempero, não existe melhor coisa que doar seu tempo e sua arte por mais singela que seja a alguém que amamos.
Ainda tenho fé que um dia vou ver culinária e princípios de nutrição como matérias obrigatórias nas escolas. Ver todo mundo comendo mais comida de verdade e menos enlatados, empacotados, industrializados.
Pare um dia e faça algo inusitado, uma receita, que pode não sair perfeita na primeira vez, mas na segunda, terceira, até na quarta, quinta vai sair linda, e você vai sentir imenso orgulho daquele prato lindo, que você fez com suas mãos, seu olfato, seu paladar e seu coração.
Comece logo, tem sempre um mercado ao lado de casa, faça uma salada colorida, um doce saudável (tem tantos!!!!), um arroz colorido com legumes e um toque de gengibre e óleo de gergelim tostado (hum!).
Hoje vou dar a receita da biomassa de banana verde que fiz em casa e dos brigadeiros saudáveis que preparei com minha filha linda. Vicky já ama cozinhar, faz sorrindo, com aquelas mãos de fada que só uma criança pode ter.
BIOMASSA DE BANANA VERDE
12 bananas da terra bem verdes
Preparo
1) Lavar bem as bananas.
2) Em uma panela grande com água fervente cozinhar as bananas até que a casca comece a abrir.
3) Vá aos poucos tirando a casca das bananas e processando-as. A polpa deve estar bem quente.
4) O resultado é a biomassa de polpa. Pode ser guardada em pote hermeticamente fechado por até 8 dias na geladeira.
5) No freezer pode ser guardada por até 3 meses mas deverá ser reprocessada antes de ser utilizada.
BRIGADEIRO OU TRUFA DE BIOMASSA DE BANANA VERDE
1/2 xícara de biomassa de banana verde
1/2 xícara de cacau em pó
1/2 xícara de leite de coco
Mel ou agave ou açúcar de coco a gosto
Cacau em pó para enrolar.
Preparo
1) Cozinhar mexendo sem parar até engrossar.
2) Deixar na geladeira por 1 dia e enrolar com as mãos untadas com óleo de coco.
3) Passar no cacau e manter na geladeira!
Olá, gostaria de fazer a sopa Thai feita na TV. Gazeta, mas não consigo encontrar a receita. Seria possível disponibilizar?
Obrigada,
Rose.
Ola Rose, tudo bem? Vou postar amanha, espero que goste! Abraço
Já gostei! Obrigada.
ola, gostaria muito da receita da sopa fria de gazpacho, adorei suas receitas de sopas frias principalmente nesse calor que faz…poderia ter mais receitas de sopas frias…
´[pode ser banana comprada num sacolão desse rom que eles coloca coreto nelas para proteger e uma química não tem problema coloca num meu facebook: se não for te da trabalho,ti agradeço o meu face: e tia zinha de souza amorim muito obrigada beijos .
pode ser banana verde organica de preferencia, estas nao tem nada de quimica. mas se nao encontrar peça na feira para conseguirem uma bem verdinha. abraço
Renata,
Como consiste o seu trabalho na percepção dos alimentos no nosso organismo? Tenho algumas alergias, pirem nao sei o que me causa, já exclui varias coisas e até o momento nao obtive exito.
Lidiane, existem dietas de eliminação que podem ser feitas com acompanhamento de nutricionista. Elas geralmente sao a melhor forma de identificar sensibilidades e alergias! Abraço